O ano em que cerveja valeu mais que petróleo
Só tomando uma fim do mundo mesmo |
Claro que a desvalorização das ações da Petrobrás devido à defasagem nos preços dos combustíveis conta muito. Também tem influência a desaceleração da economia colombiana, que afetou a Ecopetrol. Mas ninguém nega que a Ambev tem potencial para ser uma das maiores empresas da Bolsa. "A Ambev tem fixação por corte e controle de custos. É administrada por pessoas que têm mentalidade de banco. Tem um sistema agressivo de incentivo baseado em entrega de resultados. Nada disso é novidade. Mas o problema é que as outras companhias abertas não são assim", diz o analista Gabriel Vaz de Lima, do Barclays Capital.
Somam-se a essa administração espartana condições de mercado favoráveis à companhia. "Com o cerco da Receita Federal, o setor se formalizou e a guerra de preços com outras cervejarias ficou mais amena", diz Lima. Agora, segundo ele, a variação entre o preço mais alto e o mais baixo para um mesmo tipo de cerveja é menor do que há dez anos, por exemplo. Isso acaba beneficiando a Ambev, que pode trabalhar com margens maiores. "A Ambev consegue, sem problemas, repassar a inflação para o preço da cerveja", explica a analista Catarina Pedrosa, do Banco Espírito Santo.
Nesse cenário, há ainda a liderança de mercado da Ambev, com uma participação que varia entre 65% e 70% - que se explica principalmente por sua distribuição. A empresa está geograficamente em todo País com uma rede de distribuição que é quase o dobro das concorrentes. A Ambev chega a aproximadamente 1 milhão de pontos de venda enquanto suas rivais não alcançam mais de 500 mil.
Graças a esses fatores, a companhia acaba, para muitos investidores, se tornando um porto seguro, principalmente em momentos de crise. É por isso que a empresa, que em 2009 tinha uma valor de mercado de R$ 98,3 bilhões, hoje está avaliada em R$ 271,07 bilhões (conforme pregão de sexta-feira). Entre as cervejarias globais, a empresa só perde, em valor de mercado, para a Anheuser-Busch Inbev, sua controladora.
Analistas arriscam dizer que, em 2013, a Ambev continuará a se valorizar. Uma reestruturação acionária, anunciada há dez dias, trará novos investidores que hoje não podem aplicar na empresa. A companhia transformará todas as suas ações preferenciais em ordinárias - e há grandes fundos de investimentos que, por mandato, só podem investir em empresas que têm 100% de ações ordinárias.
Somam-se a essa administração espartana condições de mercado favoráveis à companhia. "Com o cerco da Receita Federal, o setor se formalizou e a guerra de preços com outras cervejarias ficou mais amena", diz Lima. Agora, segundo ele, a variação entre o preço mais alto e o mais baixo para um mesmo tipo de cerveja é menor do que há dez anos, por exemplo. Isso acaba beneficiando a Ambev, que pode trabalhar com margens maiores. "A Ambev consegue, sem problemas, repassar a inflação para o preço da cerveja", explica a analista Catarina Pedrosa, do Banco Espírito Santo.
Nesse cenário, há ainda a liderança de mercado da Ambev, com uma participação que varia entre 65% e 70% - que se explica principalmente por sua distribuição. A empresa está geograficamente em todo País com uma rede de distribuição que é quase o dobro das concorrentes. A Ambev chega a aproximadamente 1 milhão de pontos de venda enquanto suas rivais não alcançam mais de 500 mil.
Graças a esses fatores, a companhia acaba, para muitos investidores, se tornando um porto seguro, principalmente em momentos de crise. É por isso que a empresa, que em 2009 tinha uma valor de mercado de R$ 98,3 bilhões, hoje está avaliada em R$ 271,07 bilhões (conforme pregão de sexta-feira). Entre as cervejarias globais, a empresa só perde, em valor de mercado, para a Anheuser-Busch Inbev, sua controladora.
Analistas arriscam dizer que, em 2013, a Ambev continuará a se valorizar. Uma reestruturação acionária, anunciada há dez dias, trará novos investidores que hoje não podem aplicar na empresa. A companhia transformará todas as suas ações preferenciais em ordinárias - e há grandes fundos de investimentos que, por mandato, só podem investir em empresas que têm 100% de ações ordinárias.
Fonte: Estadão