O grande dilema de minha vida quando me mudei pra São Paulo, sem duvida foi o churrasco, afinal morando em apartamento é muito complicado fazer um bom churrasco.
Resolvi logo esta pendenga com uma notável idéia, afinal tinha que pensar rápido, pois tinha em minhas mãos uma peça de picanha muito bonita, como não tinha geladeira era isso ou transformá-la em carne de sol.
Com uma bandeja funda de barro inteligentemente enviada por minha mãe, álcool etílico 96° e uma prateleira de geladeira arranjada no vizinho, um borracheiro peruano, estava pronta a minha fonte de calor.
Apesar de ser ridicularizado e duvidas surgirem no principio, o pessoal acreditou quando teve finalmente a prova de funcionamento. O primeiro bife foi degustado com receio, mais logo que este acabou já fui logo cobrado pra fazer mais, e assim foi a tarde toda, regado a cerveja gelando no tanque e picanha suculenta que me da água na boca neste momento que a relembro.
Um ano e meio depois do acontecido, foi dado um descanso ao glorioso churrasco de álcool, pois hoje morando em um apartamento maior com geladeira e sacada, disponho de uma boa churrasqueira à bafo que tem feito muito sucesso, com certeza esta amiga vai elevar muito meu colesterol e de meus amigos, felizmente existem muitos tratamento nos dias de hoje para baixá-lo depois. Outro problema é a falta de tradição em churrasco que enfrento na região central de São Paulo, está sendo muito difícil encontrar por ali uma boa carne, costela então, nem se fala, os açougues nem sabem o que significa a palavra minga (ótima parte da costela).
Enquanto isso minha bandejinha de barro espera no armário o retorno do inverno para que volte a fazer fumaça deixando toda a casa com cheiro de churrasco novamente.
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