PRESÍDIO
Você passa a maior parte do tempo numa cela 5x6m.
TRABALHO
Você passa a maior parte do tempo numa sala 3x4m.
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PRESÍDIO
Você recebe três refeições por dia de graça.
TRABALHO
Você só tem uma, no horário de almoço, e tem que pagar por ela.
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PRESÍDIO
Você é liberado por bom comportamento.
TRABALHO
Você ganha mais trabalho com bom comportamento.
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PRESÍDIO
Um guarda abre e fecha todas as portas para você.
TRABALHO
Você mesmo deve abrir as portas, se não for barrado pela segurança por ter esquecido o crachá.
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PRESÍDIO
Você assiste TV e joga baralho, bola, dama...
TRABALHO
Você é demitido se assistir TV e jogar qualquer coisa.
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PRESÍDIO
Você pode receber a visita de amigos e parentes.
TRABALHO
Você não tem nem tempo de lembrar deles.
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PRESÍDIO
Todas as despesas são pagas pelos contribuintes, sem seu esforço.
TRABALHO
Você tem que pagar todas as suas despesas e ainda paga impostos e taxas deduzidas de seu salário, que servem para cobrir despesas dos presos..
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PRESÍDIO
Algumas vezes aparecem carcereiros sádicos...
TRABALHO
Aqui no trabalho, carcereiros usam nomes específicos: Gerente,
Diretor, Chefe...
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PRESÍDIO
Você tem todo o tempo para ler piadinhas.
TRABALHO
Ah, se te pegarem...
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TEMPO DE PENA
No presídio, eles saem em 15 anos.
No trabalho você tem que cumprir 35
anos, e não adianta ter bom comportamento...
30 de ago. de 2010
11 de ago. de 2010
Boteco
Quem freqüenta, tem história pra contar.
Muita gente não entende a essencia do boteco, sempre cheio de gritos e palavrões, às vezes com petiscos ruins em sua maioria, mas pra botequeiro não há impecilhos.
Podem pensar que a cerveja sempre gelada é o chamariz, ou até mesmo aquela branquinha (cachaça), mas não, o grande atrativo do boneco é outro! É a troca de idéias, são as piadas, a curtição, é a igualdade... Pois num boteco entra rico, entra pobre, entra mulher, entra homem, entra preto, entra branco, até uns vira-latas aparecem as vezes passando nos pés por baixo das mesas.
Bem, não existe uma definição melhor pra boteco, do que “conhecimento”.
É num papo de bar que surgem idéias, longos papos, paquera, filosofias de vida e mesmo todo mundo sabendo que não se discute política, futebol e religião, esses papos também estão lá.
Num boteco se criam frases de efeito, mesmo que elas não digam nada, por exemplo a frase dita a mim por um pescador já mais pra lá do que pra cá em um bar numa praia do ceará:
"-Porque convivencia, é convivencia e o importante é importante."
A frase não precisa dizer muita coisa, é só um sinal de amizade botequeira.
Se o lugar não fosse bom, ninguém teria inventado a saideira, que é apenas uma uma forma de continuar o papo, o problema é que a saideira não tem fim, uma saideira não obrigatoriamente tem que ser a ultima cerveja da noite, mas não se pode deixar o boteco sem pedi-la. Como a saideira muitas vezes não para mais de ser pedida, teve que se criar a derradeira, que é uma espécie de ultima saideira e ponto final, pra pedir outra cerveja depois desta, tem que fechar mesmo a conta e abrir uma nova.
Num bar se criaram crenças e rituais, como o brinde... O brinde é muito importante, e quem não o respeita é praguejado na mesa. Um brinde no boteco deve ser feito por todos ao mesmo tempo, e não se esqueça de dar um gole antes de voltar o copo à mesa.
“ - Oh Zé, me vê um kibe!
- Que quibe o que...isso é uma coxinha de frango.
- Então toca os mosquitos ai Zé e manda essa coxinha pra cá!”
Petiscos! O segredo pra se manter uma noite de bebedeira e não ver o teto girar, quem acompanha os goles com um bom petisco no maximo apenas tropeça na prorpia sombra.
Os melhores petiscos de bar são os tradicionais e mais simples, petiscos muito elaborados acabam atrapalhando o desempenho de um bar, como por exemplo o processo de gelar a cerveja.
O salame é o todo poderoso acompanhamento, está presente na tabua de frios com azeitona, queijos e presunto, as vezes uma mortadelinha.
Até agora nada complexo, fácil e qualquer idiota consegue fazer sem receber reclamações.
Pasteis, fritas e salgadinhos vem em segundo plano, e dão uma incrementada saborosa e substancial nos petiscos. Acompanhando logo atrás, estão o frango à passarinho, o peixinho frito...etc.
Sem esquecer o grande sacaneado do boteco, as conservas.
Salsicha, ovo cozido, picles... Geralmente ficam no balcão, parecem meio esquecidos, largados, se não fosse o grande detalhe: O balcão!
O balcão é o espaço mais democrático e gostoso do bar.
No balcão você chega sozinho e faz amizade, no balcão não tem assunto reservado, um se mete na conversa do outro sem medo e sem problema algum. Definitivamente, o balcão é o grande altar do boteco.
O grande problema do boteco é evitá-lo... Pois onde quer que você vá, sempre vai haver um boteco à espreita, com aquela geladinha esperando pra ser aberta.
Não adianta falar que vai abandonar o bar...pois tem aquele refrão:
“Larguei a vida de bebedeira... Mas alguém me convida pra dar um gole, e pra quem é chegado, negar não é mole!
“Larguei a vida de bebedeira... Mas alguém me convida pra dar um gole, e pra quem é chegado, negar não é mole!
10 de ago. de 2010
Coisa de velho aqui não.
Dias atrás tivemos uma crise antecipada de velhice, minha namorada e eu.
Era um dia frio, realmente da muita preguiça de fazer qualquer coisa num dia como aquele, mesmo assim resolvemos ir a um lugar próximo à paulista que faz umas sopas muito boas com massa folhada por cima.
E lá estávamos tomando uma sopinha quente, depois demos aquela caminhada até em casa enfrentando o vento gelado que parecia cortar nossos rostos como laminas de aço.
Chegando em casa corremos pra debaixo das cobertas devidamente empijamados* e tal.
Foi quando minutos depois tivemos uma epifania e veio a exclamação:
- Puta coisa de velho essa nossa noite!!Vamos tomar uma cerveja!
Concordamos, e em dois minutos já tínhamos espichado da cama e colocado novamente as roupas já com a chave da porta na mão.
Descemos até uma pizzaria no pé do prédio e fomos logo pedindo uma cerveja gelada e uma dose de “Salinas” (cachaça mineira envelhecida em barris de balsamo) pra esquentar, e assim foi, conversando e bebendo durante a noite que já não parecia mais tão fria - e que esquentou ainda mais
O fato marcante desta noite para nós, não tenho coragem de contar com detalhes, mas envolve um quartinho de “bagunça” trancado e alguém querendo passar roupa logo lá, xingando porque a porta estava trancada, sem imaginar o que acontecia lá dentro.
A noite terminou com crise de risos e um recado pra velhice: pode até chegar, mas não terá força pra vencer quem tem alegria e força de vontade.
Empijamados: Vestidos com pijamas, ou uma roupa velha de dormir como é o caso, porque pijama é coisa de velho.
Era um dia frio, realmente da muita preguiça de fazer qualquer coisa num dia como aquele, mesmo assim resolvemos ir a um lugar próximo à paulista que faz umas sopas muito boas com massa folhada por cima.
E lá estávamos tomando uma sopinha quente, depois demos aquela caminhada até em casa enfrentando o vento gelado que parecia cortar nossos rostos como laminas de aço.
Chegando em casa corremos pra debaixo das cobertas devidamente empijamados* e tal.
Foi quando minutos depois tivemos uma epifania e veio a exclamação:
- Puta coisa de velho essa nossa noite!!Vamos tomar uma cerveja!
Concordamos, e em dois minutos já tínhamos espichado da cama e colocado novamente as roupas já com a chave da porta na mão.
Descemos até uma pizzaria no pé do prédio e fomos logo pedindo uma cerveja gelada e uma dose de “Salinas” (cachaça mineira envelhecida em barris de balsamo) pra esquentar, e assim foi, conversando e bebendo durante a noite que já não parecia mais tão fria - e que esquentou ainda mais
O fato marcante desta noite para nós, não tenho coragem de contar com detalhes, mas envolve um quartinho de “bagunça” trancado e alguém querendo passar roupa logo lá, xingando porque a porta estava trancada, sem imaginar o que acontecia lá dentro.
A noite terminou com crise de risos e um recado pra velhice: pode até chegar, mas não terá força pra vencer quem tem alegria e força de vontade.
Empijamados: Vestidos com pijamas, ou uma roupa velha de dormir como é o caso, porque pijama é coisa de velho.
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